Aventura Literária
Já faz um tempo que costumo ler e aprender sobre as diversas religiões que existem por aí nesse mundo afora. É uma jornada interessante, sim, pois há coisas em que os povos acreditam que eu jamais conseguiria conceber em minha humilde mente, sem que não tivesse lido ou visto.

Tudo começou bem cedo. Desde pequeno havia coisas com a qual nao conseguia compreender, e era absolutamente curioso e indagador. Fazia todo tipo de perguntas a meus pais, os quais as vezes não sabiam o que responder, ou davam aquelas respostas típicas para contentarem seu filho a curto prazo, mas que não seria explicação suficiente para a dúvida em questão.
Frequentava a igreja de meus pais, desde tenros 7 anos de idade. Apreciava a Congregação Cristã no Brasil, por sua linguagem simples, sua busca pela caminho da bondade. A doutrina era bastante rígida, pois acreditam no "bom testemunho", que todo bom adepto deve ter. Seguindo os ensinamentos descritos na Bíblia, lêem a Palavra de Deus durante os cultos, e cantam hinos. Os cultos traziam-me força para viver e muita fé na vida e em Deus. Era muito tranquilizador. Apesar disso, as dúvidas continuavam circundando minha mente, meu coração. As respostas eram dogmáticas e sem racionalização, ou seja, sem significado para mim. Algo como "é assim porque é assim". Aos poucos, fui ficando cada vez mais descontente. Dentro de mim, incomodava-me a sensação de não seguir a religião de meus pais como deveria, pois não concordava com o que diziam por mais que tentasse.
Procurei respostas em qualquer lugar que pudesse encontrar. Eu sabia que havia "algo" além deste corpo aqui, algo muito mais profundo e conectivo, algo que me dava vida e que me animava, mas não sabia explicar "como" nem "o que" era. Indagava-me: onde está o espírito ? O que é o espírito, afinal de contas ? Qual o objetivo da vida, o propósito que nos move ? O que deveria fazer para ter paz ? Porque os bons são presenteados com a Vida Eterna ao lado de Deus, e maus sao condenados ao Inferno Eterno ? Será possível ?
Todas essas perguntas e muitas outras me perturbavam. Passei a procurar por livros, filosofias ou qualquer coisa que me explicasse, que me desse alguma definição mais precisa e racional, algo mais plausível. Nessa época, há 7 anos atrás, encontrei uns livros do Paulo Coelho lá em casa, e o que me chamou a atenção foram os títulos. "Diário de um Mago" foi o primeiro que li, para logo em seguida ler o incrível "O Alquimista". Grandes ensinamentos, mensagens que nos conduzem a buscar os nossos sonhos custem o que custar, a entender os "sinais" que o universo nos mostra e a compreender a "alma do mundo". Frases como
"Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize seu desejo."
"O bom combate é aquele que é travado em nome de nossos sonhos."

Após essa experiência, passei a ler uns livros bem velhos que tinha lá em casa, jogados no sótão. Eram de um lama tibetano, chamado T. Lobsang Rampa. A história começava em "A Terceira Visão", e seguia em vários livros. Contava a sua vida no Tibete, desde a sua infância até o momento "presente" (o momento em que ele escreveu o livro), os costumes, a religião, e todas as personalidades e ensinamentos que ele entrou em contato na sua terra natal.

Continuei lendo a obra de Lobsang Rampa. Ele havia publicado muitos livros, somando um total de 20 durante o período de 1956 a 1980. Este autor sofreu muita perseguição durante seu tempo em vida, devido ao teor de suas obras, dos seus feitos e da sua história que muito surpreendem o típico homem ocidental. Não obstante, creio profundamente nas suas palavras e na sua vida.

Muito bem, acho que desviei um pouco da narrativa. Enfim, após ter lido vários dos livros do Lobsang Rampa, eu passei a ver os cultos na Congregação Cristã com outros olhos. Havia forças muito poderosas em ação durante o culto, forças muito boas. Compreendi o que antes era incompreensível, pois agora tinha o conhecimento. Mas nunca mais me ajustaria ao modo de vivenciar a igreja, e a religião em si. Muito bem, passei a procurar um "lugar" para mim. Pois apesar de ler os livros e contentar-me por si só, sentia falta do contato com as pessoas que pensam semelhantemente a mim. Queria ter o apoio de uma comunidade espiritual. Então, um grande amigo meu me mostrou o Espiritismo. A princípio, fiquei muito preocupado com o que iria "ver" em uma sessão espírita. Mas não. Como havia lido antes:
"A única coisa que se deve ter medo é o próprio medo. A pessoa só sente medo daquilo que não conhece ou entende. O medo é a atuação da imaginação sobre a razão, e se a pessoa meditar sobre o objeto do medo, passará a não ter medo mais, por saber ser um sentimento infundado e sem motivos."
A verdade é que me senti muito bem, e me senti em Casa, de tal forma como não me senti há muito tempo... senti bem acolhido e reconfortado, e compreendido por pessoas que pensam como eu, e que pensam no bem do próximo e no bem de todos.

De uns tempos para cá, tenho variado bem minha leitura... como podem ver:
O Senhor dos Anéis
O Código da Vinci
O Hobbit
Harry Potter
Operação Cavalo de Tróia
...
É incrível o que uma simples iniciativa de ler um livro faz. Um empurrão, uma empolgação, e quando você menos notar, você já está chegando ao final. Ao final, próximo à compreensão, à conclusão de uma incrível história, você sabe que o que aprendeu ficará com você para sempre, e te alterará para expandir sua percepção do mundo e da vida.
Marcadores: autobiográfico, cultura oriental, dúvida, espírito, livro, religião
12 Comentários:
É tiagão, ler é legal, confesso que ainda tenho muuuiiitttaaaaaa preguiça de ler...mas aos poucos vou indo...
Mas uma coisa concordo, tudo q vc aprende, fica com vc, nunca mais esquece. mas isso nao me contenta! Não aguento ser só um bob-esponja. Por isso quero seguir a carreira acadêmica e propagar o que aprendi ;)
28 de setembro de 2007 às 18:05
Poizé, Pit, tenho pensado mto nisso também... e realmente ainda nao me decidi se deveria ir nessa direção ou não...
Espero q, se eu for nessa direcao, ainda dê tempo !!
28 de setembro de 2007 às 19:31
A palavra de Deus diz (e que você deve ter ouvido muitas vezes) que Jesus é o único caminho e ninguém vai ao Pai a não ser por Ele.
Desculpe-me a sinceridade, mas o que você tem pegado são atalhos. Tudo isso é engano de satanás na sua vida. Você leu tantos livros. Experimentou ler toda a Bíblia pedindo orientação do Espírito Santo? Todas as respostas estão lá.
Vou orar, vou orar muito para que você conheça a Verdade (Jesus) que liberta.
Deus te abençoe.
29 de setembro de 2007 às 12:02
:)
Obrigado sr. ou sra. Anonimo pela opinião e pelas orações. São sempre bem-vindos.
Um abraço.
29 de setembro de 2007 às 17:59
é, Ti, são três os assuntos os quais não discuto:
futebol, religião e política. esta última, pq não entendo nadicas do que se passa. a primeira, pq só me vem à tona em época de copa e a do meio pq tenho minhas convicções, crenças, minha fé (q vem cada vez mais crescendo mais ou menos no msm meio q vc não se achou) e não tenho ímpetos impô-la a ninguém (pelo menos, não conscientemente).
leituras são sempre boas, sempre nos instigam e nos fazem crescer e voar longe, msm que sentados. é só saber escolher o rumo certo e se deixar levar...
bjoks :O)
29 de setembro de 2007 às 21:30
Crescenet, se liga vai! Agora os caras estão tão ávidos por "assinantes" que estão fazendo essa propaganda horrível e de graça?
Puta que o pariu!!!
Mazzon, apaga isso ai vai!
Abrass
1 de outubro de 2007 às 08:39
Ae,rapaz, curti o post.Eu li "O Alquimista" quando tinha 16 anos, e lembro muito dessas duas frases, foram frases que realmente marcaram a minha vida.Mas todos os livros que voce leu foram impulsionados pela sua vontade de descobrir o seus desconhecido e conseguir chegar mais perto daquilo que voce consideraria uma boa resposta.
Te pergunto:voce conseguiu chegar até a sua resposta ou voce ainda esta atrás dela?
Abraços e parabens pelo post!
1 de outubro de 2007 às 08:55
Curiosidade é uma virtude e um vício.
Virtude porque te empurra a conhecer coisas novas e vício porque você não consegue mais parar. Quanto mais de descobre, mais se tem para descobrir.
Por causa da curiosidade que descobriram a América e muito mais coisas por aí.
Mazzon, me empresta o livro do Rampa porque agora eu fiquei curioso pra ler isso ae.
Abrass
1 de outubro de 2007 às 08:57
A verdade é que não existe verdade alguma, preconceito e intolerância tipicos de quem sempre está certo...
É sempre assim todos tão sempre certos...
1 de outubro de 2007 às 09:13
Agosto, eu diria que consegui 90% das respostas... o resto eu tenho q descobrir vivendo a vida mesmo.
E outra coisa importante é que conhecer é diferente de experimentar.
Para o conhecimento ter valor, vc deve aplicá-lo, senão, não passam de palavras lidas e memorizadas.
Luiz, hueaheuahe blz, eu te empresto o livro.
Razel, concordo com a parte do "preconceito e intolerancia", realmente essa é a peor coisa qdo se trata de opiniões adversas.
1 de outubro de 2007 às 09:27
a verdade eh q tudo eh matrix =P
1 de outubro de 2007 às 13:55
Oi filhote. Cada vez fico mais orgulhoso de vc, sabia? Digo-lhe que gostei muito do seu blog. Vc é corajoso em se abrir assim, contando seus sentimentos, opiniões, alegrias e tristezas, pouco se importando com o que vão pensar das suas opiniões. Principalmente neste mundo onde todos nós, queiramos ou não, usamos e até temos, de uma certa forma, que usar máscaras. Nos esconder por detrás delas. Mas eu acho que vc tá certo. Cada um tem a sua verdade, verdade essa que é apenas uma pequena fração da Verdade (com "v" maiúsculo). A Verdade Verdeira, que é Deus e é infinita. Todos nós pegamos frações dessa Verdade Verdeira que nos seja conveniente num certo momento, ou nos justifique, certo? Bom chega. Este comentário tá virando um blog meu, não é? Rsrsrsrs. Vou criar um pra mim. Gostei da idéia. Me entusiasmei. Serve pra extravasar. Quem não gostar, paciência. Chegará o dia em que todas as nossas dúvidas serão respondidas e todas nossas verdades cairão por terra, certo?
Um grande beijo no seu coração. Prepare-se porque estarei me intormetendo aqui neste espaço. Te amo muiiito. Renato
13 de outubro de 2007 às 10:49
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